The Mandalorian: Capítulo 8 – Redemption

O capítulo 8 é um final de temporada incrível e com uma grande revelação.

O diretor Taika Waititi (de Thor Ragnarok e O que fazemos nas sombras) foi o responsável por dirigir o episódio final desta temporada de The Mandalorian, e como esperado, o resultado obtido foi sensacional. Começando exatamente de onde a história parou no episódio anterior, o Finale se desenvolveu a partir de um princípio de real perigo para os personagens, mantendo a morte de Kuiil (já que ele poderia estar apenas atordoado) e trazendo diversas outras. Outro perigo de deixar o telespectador ansioso fica por conta do Baby Yoda agora nas mãos dos Scout Troopers.

AVISO: Daqui para frente este texto contém spoilers do 8º episódio de The Mandalorian

Como esperado, a unidade IG é o que ajuda a salvar o dia após a morte de Kuiil e Baby Yoda é capturado por dois Stormtroopers dublados por Jason Sudeikis e Adam Pally (dois comediantes famosos nos EUA), a quem imediatamente odiamos por terem batido no Baby Yoda algumas vezes. No entanto, a conversa entre os dois ali é ótima, genuinamente engraçada e fica ainda melhor quando tentam acertar um alvo a poucos metros de distância e não conseguem de jeito nenhum (é uma zoeira clara com o fato dos Stormtroopers serem ruins de mira), mas está bem colocada e ainda faz o papel de humanizar o vilão, dando a esses personagens uma função diferente além de só serem bucha de canhão. Entretando não se preocupe, o IG os mata imediatamente.

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Fanfarrões

O que se segue é, sem dúvida, uma das sequências de ação mais emocionantes da série até agora, a unidade IG corre pelas ruas explodindo Stormtroopers, causando uma distração para Mando e os amigos terem tempo suficiente para pensar e a começar a lutar também. O grande vilão da temporada, Moff Gideon, machuca gravemente Mando após atirar em uma caixa de energia causando uma explosão. (Confesso que eu tinha medo que eles realmente o sacrificassem neste episódio já que seu rosto ainda não tinha sido revelado e tivessem, tipo, Cara Dune se tornado a estrela da série, mas não…ufa), o que se segue é um dos melhores momentos da série até agora.

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Mando e Cara dune

Todos os outros escapam para os túneis, mas a unidade de IG fica para trás para cuidar de Mando, que prefere morrer a ter um ferimento na cabeça tratado com a remoção do capacete. E, como a unidade do IG não é uma coisa viva, não conta, então ele concorda em tirar o capacete para ser tratado e vemos o rosto do ator Pedro Pascal pela primeira vez. Anteriormente, também aprendemos o nome dele, Din Djarin ou algo parecido, ao que parece ele não é um personagem conhecido no cânone maior de Star Wars, como a internet estava especulando.

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Olha o cara ai.

O grupo escapa pelo esgoto até o antigo esconderijo Mandaloriano, onde apenas Smith (a armeira) permanece depois que os outros fugiram ou foram massacrados. Ela diz a Mando que ele está encarregado de cuidar da criança, Baby Yoda, como se fosse seu próprio filho, assim como ele foi cuidado quando menino ao ser salvo por soldados mandalorianos, o que vemos em um flashback. Mas como Baby Yoda é … um bebê, e não pode ser treinado da maneira tradicional e brutal dos Mandalorianos, sua nova missão é encontrar sua raça de “feiticeiros inimigos” e devolvê-lo a eles. Isso deve ser difícil porque a espécie de Yoda é tão rara que nem sequer tem um nome (por isso, todos nós o chamamos de “Baby Yoda” esse tempo todo), muito menos um planeta natal, por isso é uma tarefa e tanto.

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O bebê Yoda não foi usado como um “deux ex machina” para salvar o dia, o que eu adorei, porque isso seria muito fácil. Ele os salva de um soldado com lança-chamas em um momento ao usar a força, mas isso o esgota e, mais tarde, quando Greef tenta fazê-lo usar suas “mãos mágicas” para derrubar o Toff Fighter de Moff, Baby Yoda simplesmente acena para ele. Eu ri muito.

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Gosta de uma aventura o verdinho.

A unidade IG se sacrifica para que o grupo possa escapar, cumprindo sua principal diretriz para a qual Kuill o programou, protegendo a criança. É triste, mas é uma boa maneira de homenagear tanto o IG quanto o Kuiil. O episódio termina perfeitamente, o que é interessante pois não deixa um gancho nos obrigando a esperar até o próximo ano para ver se seus heróis sobrevivem, há um final real. Mas há a promessa de mais por vir com a nova missão dos Mandalorianos de encontrar os outros Yodas, e o único momento a mais é a revelação do Darksaber na posse de Moff, que sabemos liderou o massacre dos Mandalorianos e provavelmente adquiriu dessa maneira, já que é uma arma famosa de Mandalore, com aparições passadas em desenhos como Clone Wars ou Rebels.

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“Sabre negro”

The Mandalorian, acabou com um final épico da temporada que não deve deixar a maioria dos fãs insatisfeitos já que termina um arco da história, deixando perguntas para a próxima resolver. The Mandalorian meio que preencheu o vazio no universo Star Wars desde o início, principalmente devido ao talento do elenco e dos diretores envolvidos, e também porque está longe de ser os Skywalkers e Palpatines das “grandes” histórias da franquia. A maior crítica que posso fazer em The Mandalorian, nesta temporada, foi que ela se tornou um pouco repetitiva e processual às vezes, mas esse não foi o caso nessas duas últimas semanas, já que a saga de Baby Yoda e Mando está no centro da história.

Como falei, tendo a direção de Taika Waititi e texto de Jon Favreau, teria sido quase impossível para esse episódio ser ruim, dado esse nível de talento. Eu li na internet rumores de que Favreau terá um papel maior em Star Wars daqui para frente, depois que a série caiu nas graças do público, e se ele pudesse trazer Taika com ele, isso seria estelar. Esses dois, junto com outros diretores da temporada, de Deborah Chow a Rick Famuyiwa e Dave Filoni, fizeram um trabalho incrível. Eles foram criativos no conceito e execução com The Mandalorian, e a Disney não poderia ter escolhido uma série original melhor para estrear no Plus e tranquilizar a todos que o mundo de Guerra nas Estrelas é forte e rico, apesar de toda a briga pela nova trilogia não ter agradado. Oito episódios curtos não parecem suficientes, mas estão em alta com este final e continuam a ser uma força unificadora em uma base de fãs dividida de Star Wars.

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Bruto igual a cano de passar tolete.

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