[Crítica] The Mandalorian – Temporada 2 – Episódio 13: The Jedi
O melhor episódio da série até aqui.
• Cuidado, há spoilers.
Leia a crítica do episódio 9 aqui.
Leia a crítica do episódio 10 e 11 aqui.
Leia a crítica do episódio 12 aqui.
Parecia que a série tinha alcançado seu ponto mais alto nesta segunda temporada com o episódio anterior, mostrando mais da trama e oferecendo ação clássica estilo Star Wars para ninguém botar defeito, mas os diretores mostram que era apenas ilusão e que The Mandalorian sabe desafiar todos os limites. Falo isso porque sem dúvida o episódio 13, The Jedi, é o melhor da série publicado na Disney plus até aqui.
Mas antes de dar minha opinião sobre os principais fatos do maravilhoso episódio, vamos a uma resumo da trama. No planeta-floresta Corvus, Ahsoka Tano (Rosario Dawson) confronta a Magistrada Imperial Morgan Elsbeth (Diana Lee Inosanto), governante da cidade de Calodan, e seu tenente Lang (Michael Biehn). Ahsoka dá a ela um dia para se render e divulgar a localização de seu mestre.
Na manhã seguinte, Mando (Pedro Pascal) e a criança chegam a Calodan (Eles rumam para este planeta por causa da informação recebida no episódio anterior) e são levados diretamente para Elsbeth, que oferece a Mando uma lança Beskar em troca de matar Ahsoka. Aqui devemos frisar que Mando não é bobo. Sabe que esta lidando com uma tirana.
O Mandaloriano encontra Ahsoka na floresta e após uma breve luta (aqui é mostrado a verdadeira resistência do metal Beskar, o sabre de luz não é capaz de cortá-lo) que diz a ela que Bo-Katan Kryze o enviou. Ahsoka encontra a criança e se comunica com ela usando a força. Ela revela que o nome da criança é Grogu, e que ele foi criado e treinado no Templo Jedi em Coruscant. Após a queda da República, Grogu foi evacuado do Templo Jedi e tem suprimido seus poderes ao longo dos anos para sobreviver.
Ahsoka se recusa a treiná-lo, preocupada com o caminho que Grogu poderia tomar devido ao medo, raiva e ressentimento dentro dele, cujas consequências ela já viu antes. O Mandaloriano propõe que em troca de ajudar Ahsoka a enfrentar Elsbeth, ela treine Grogu.
Ahsoka e o Mandaloriano invadem a cidade, matando todos os guardas e libertando os cidadãos. Mando mata Lang, enquanto Ahsoka se envolve em um duelo com Elsbeth. Então ao sair vitoriosa, Ahsoka força a vilã a divulgar a localização de seu mestre, o Grande Almirante Thrawn.
Após a libertação de Calodan, o Mandaloriano se prepara para deixar Grogu com Ahsoka, mas ela ainda se recusa a treiná-lo. Ahsoka observa que Mando se tornou como um pai para Grogu e que ele deve levar a criança para as ruínas de um templo Jedi em Tython, onde Grogu pode chamar outro Jedi através da Força. Mando e Grogu partem para Tython.
Bom agora posso afirmar que a Ahsoka Tano de Rosario Dawson, perfeitamente caracterizada, é mostrada pela primeira vez como uma invencível é ágil Jedi, empunhando seus dois sabres de lâmina branca, retalha com uma furtividade incrível uma tropa de soldados comandada por uma magistrada opressiva, esfumaçada e claustrofóbica que imediatamente diz tudo o que precisamos saber sobre o lugar. O diretor e roteirista conseguiram uma imersão na narrativa que apesar de simples, foi primordial para a construção do episódio.
A breve luta entre Mando e Ahsoka como já mencionei, nos mostra como o beskar é ainda mais poderoso que imaginávamos. Outra coisa a mencionar é a conversa usando a “força” que a Jedi tem com o Bebê Yoda que nós permite aprender alguma coisa sobre ele, além do seu nome ou ainda, o teste que ela faz com o pequeno, revela a conexão profunda que ele tem com seu protetor, algo que imediatamente traz aquele sorriso ao espectador e a certeza mais do que absoluta que os dois continuarão juntos ainda por muito tempo.
A parceria entre Mando e a guerreira Jedi para libertar da opressão o povo de Calodan, posso afirmar que é quando o show chega a seu ponto alto, com tudo aquilo que esperamos dos estilos tão diferentes de cada um deles. Se Mando é literalmente o pistoleiro pronto para sacar sua arma o mais rápido possível assim como nos spaghetti westerns, Ahsoka é a honrada e mortal samurai com uma missão, o que fica bem claro na sua luta cheia de significados contra a opressora Magistrada.
A menção ao Grão Almirante Thrawn como sendo a missão de Ahsoka me fez pesquisar sobre o assunto e descobrir que se trata de um personagem mais uma vez retirado do universo expandido de Star Wars. Assim fica claro que The Mandalorian é uma ponta pequena dentro do deste grande universo de histórias da Saga criada por Lucas.
Infelizmente pode existir um efeito colateral por ter um episódio neste nível de qualidade. Faz os apreciadores da série esperarem a mesma coisa dos próximos, elevando a expectativa, o que pode ser ruim para muitos se tiver uma quebra desta no meio da temporada. Mas isso faz parte do processo, ainda que o trabalho de Jon Favreau, até agora, não dê qualquer pista de que nos frustrará.
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