O mais recente lançamento da Disney, “As Marvels” (The Marvels), tem se revelado um verdadeiro fracasso para a franquia ligada ao universo Marvel. Após vários adiamentos e refilmagens, acompanhados de alterações no roteiro e conflitos internos entre roteiristas e executivos, “As Marvels” finalmente chegou aos cinemas. Com um orçamento inicialmente divulgado em 250 milhões de dólares, o que equivale a mais de um bilhão de reais, esse valor não inclui as despesas adicionais decorrentes das refilmagens e campanhas de marketing.
E o filme já demonstra ser um grande fracasso financeiro.
Apesar dos esforços da Disney para angariar elogios da crítica especializada, que frequentemente lhe concede altas pontuações em sites como o Rotten Tomatoes e outros agregadores de avaliações, vale destacar que o Rotten Tomatoes enfrentou controvérsias relacionadas a críticas paga, envolvendo a Disney e outras empresas. No entanto, mesmo deixando essas questões de lado e considerando apenas as avaliações mais recentes da crítica especializada de “As Marvels”, fica evidente que o filme não conquistou o público como esperado.
Esses críticos especializados têm agora atacado tanto as mulheres quanto os fãs de quadrinhos, por não terem comparecido em massa aos cinemas para prestigiar um filme que parece ter sido feito com o intuito de enaltecer a figura heroica feminina das Marvels, mas que não causou interesse nos fãs. No entanto, a maioria do público que assistiu ao filme ainda sim é do sexo masculino, contrariando novamente a crítica especializada que tenta a todo custo segmentar o que homens e mulheres assistem. O que é logicamente compreensível, uma vez que a indústria dos quadrinhos é predominantemente consumida pelo sexo masculino.
Com relação às críticas direcionadas aos fãs leais da Marvel, aqueles que leem quadrinhos de verdade e realmente são apaixonados pelas franquias da Marvel, é importante observar que esses críticos especializados afastam ainda mais o fandom e servem apenas para justificar o fracasso do filme na visão deles, segundo a visão desses ativistas “woke” o problema nunca é a Disney que não é responsabilizada pelos resultados insatisfatórios.
A culpa é sempre do fã pagante e nunca jamais da empresa capitalista que essa crítica especializada diz combater que cria produtos ruins para um público alvo que não tem interesse em ir aos cinemas ou mesmo comprar quadrinhos e assistir filmes e séries.
Obrigado crítica especializada por me fazer enxergar onde devo gastar o meu dinheiro.
Os fãs verdadeiros que expressam sua insatisfação com as mudanças forçadas de personagens, a superficialidade e a falta de coerência nas histórias, o assassinato gratuito de heróis e sua substituição por versões alternativas, bem como o uso de feminismo e outros progressivos identitarios e heroísmo falso, são frequentemente rotulados de machistas, racistas e homofóbicos. A culpa, de acordo com essa perspectiva especializada, recai sobre esses fãs por não quererem assistir os filmes ou consumir esses produtos.
Por que, então, “As Marvels” é a pedra do infinito que cobre o túmulo?
A Disney vem acumulando fracassos desde os últimos filmes dos Vingadores. Embora tenha havido um ou outro filme que obteve sucesso de bilheteria, todos eles contaram com o impulso da franquia dos Vingadores. A verdade é que, à medida que a Marvel se afastou da fórmula dos Vingadores, a qualidade dos filmes diminuiu e eles focaram no público errado no público que não consome esse tipo de conteúdo. Isso fica evidente pelo fato de a Disney estar planejando um novo filme dos Vingadores com os atores originais, tentando resgatar aquele público que ela abandonou e o substituiu por todo esse ativismo woke.
À medida que o fandom se cansa dessas abordagens identitárias e políticas, a Disney está enfrentando perdas significativas não apenas em suas principais franquias, como Marvel e Star Wars, mas também na venda de quadrinhos, tanto físicos quanto digitais, que estão empilhados sem compradores, na queda no número de assinantes de seu serviço de streaming, e perdas com seus filmes clássicos, como A Pequena Sereia, Pinóquio, Piratas do Caribe, Branca de Neve e muitos outros, que não apenas não conquistaram o público, mas também geraram marketing negativo. Além disso, os parques temáticos da Disney estão sofrendo boicotes e enfrentando seus piores números em uma década, com atrações fechadas, remoção de brinquedos, perda de privilégios e isenções fiscais devido ao apoio a diversas pautas progressistas.
Aposto que a Disney está sentindo a falta do meu dinheirinho. Mas somente depois de um pedido de desculpas sinceras e com mudanças significativas que talvez possa ver a cor do meu dinheiro novamente.
Recentemente, a Disney foi satirizada de forma contundente no programa South Park, com a criação do “Panda Verse”, que expôs a hipocrisia da empresa ao negar os problemas e atribuir a culpa aos fãs, insinuando que eles são racistas, homofóbicos, e tudo que essa agenda atribui a qualquer um que pense diferente. Esse episódio ilustrou a insatisfação que muitos ex-fãs da Disney sentem em relação ao ativismo ideológico que parece não atrair o público. A lição aqui é que nem toda obra ideológica obterá sucesso simplesmente porque outras tiveram êxito.
A Marvel/Disney deixou de representar seu próprio público, excluindo-o dos desenhos animados, quadrinhos e filmes que os mesmos ajudaram a erguer e consolidar. Agora, “As Marvels” é a cereja amarga no topo do bolo, encerrando esse capítulo da Marvel. Se a Disney tiver algum senso, considerará revisar todo o universo da Marvel, declarando-o não canônico e retornando às histórias originais, abandonando as narrativas recentes.
Como disse Kelly Sue:
“E se você não gosta da minha política, não compre meu livro.”
É exatamente o que muitos têm feito desde 2018, deixando de adquirir quadrinhos da Marvel. Embora tenhamos amado as histórias dos X-Men, Spiderman, Vingadores e tantos outros desde a infância, as narrativas se tornaram tão ruins que se tornou impossível lê-las. Parece que não foram escritas para nós. E atualmente existe uma migração massiva para as alternativas aos quadrinhos como os mangás e outros gêneros literários. Triste pensar nisso, mas é verdade.
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