Dark – Segunda Temporada [Crítica]

A 2ª temporada de Dark revela o possível grande vilão da série em uma reviravolta surpreendente.

Dark é uma série que alcançou um sucesso inesperado na plataforma da Netflix. Muito, acredito, pelo “boca a boca” dos entusiastas pelo tema de viagens no tempo. Eu mesmo só fiquei interessado após uma indicação de um amigo. Outra coisa, Dark é uma produção alemã, portanto falada nesta língua, despertando em algumas pessoas, um dúvida se é “boa mesmo” por não ser uma serie ficcional estadiuniense. Claro que a plataforma de streaming esta repleta de sucessos de outros países, mas ficção científica não são muitas sem o padrão “Tio Sam”.

Para quem não conhece nada da série, segue um resumo da trama, que diga se de passagem, vai se tornando um pouco mais complexa.

A história de Dark mostra o suicídio de um homem e o aparecimento de um corpo, mas é muito centrada no desaparecimento de duas crianças na pequena cidade de Winden, na Alemanha. No entanto, a grande reviravolta não gira em torno de quem sequestrou as crianças ou como, mas sim de quando isso aconteceu já que com o passar dos episódios, fica claro que viagens pelo tempo, é suas consequências na vida das pessoas, é a verdadeira trama por trás de Dark. Presente, Passado é futuro coexistem na narrativa da série.

Esse segundo ano que estreou no dia 21 de junho na Netflix , expandiu as histórias interconectadas de quatro famílias vivendo nesta pacata cidade rural alemã, os Nielsen, os Kahnwald, os Tiedemanns e os Dopplers – trazendo ainda mais viagens no tempo.

A característica principal de Dark é seus muitos personagens. Trago aqui um mapa que mostra a relação dos personagens e as 4 famílias.

As famílias de Dark

As famílias de Dark – Disponível em <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/um-mapa-das-familias-de-dark-da-netflix-para-voce-nao-se-perder/>

A partir de agora, spoilers abaixo. Volte quando ver a segunda temporada.

O protagonista da série, Jonas, foi de encontro ao grupo de viajantes no tempo Sic Mundus a fim de tentar impedir o plano deles de criar o apocalipse na cidade e consequentemente salvar as pessoas que mais ama, principalmente Martha (que é na verdade sua tia…já que uns dos garotos desaparecidos é irmão de Martha, Mikkael. Ele desaparece exatamente porque volta no passado da cidade em 1986 e adota o nome de Michael).

Adam, líder do Sic Mundus, conseguiu criar o terceiro e final loop temporal, ao assegurar que Jonas estava no lugar certo, na hora certa. Muito do que acontece, é influenciado por ele que manipula as pessoas em diferentes tempos, tendo como seu peão o “padre” Noah.

Adam também fez com que dois de seus seguidores se certificassem que os portais entre os períodos de tempo estivessem abertos. A abertura desses portais levou à inevitável catástrofe na usina nuclear de Winden, mudando vidas para sempre, criando o loop temporal final para o benefício dos Sic Mundus.

A segunda temporada termina com Adam (que é a versão mais velha de Jonas) aparentemente iniciando o terceiro loop temporal, depois de atirar em Martha, matando-a. Adam pretende dar ao jovem Jonas a vontade de continuar nesse caminho e eventualmente se tornar Adam, acreditando que a morte de Martha o incentivaria a travar a mesma guerra contra o tempo que Adam faz nesse loop.

Dark - Segunda Temporada [Crítica] 1

Adam o chefe dos Sic Mundus

Enquanto Jonas estava de luto pela morte da mulher que amava, uma segunda Martha apareceu para levá-lo para longe desse cenário apocalíptico já em curso na cidade de Winden. Ela utiliza um orbe de visual parecido às máquinas do tempo da série, indicando que ele pode ser uma versão mais avançada dessas máquinas utilizadas na linha temporal normal mostrada na série.

Máquina do tempo

Máquina do tempo

O mais curioso é que, ao ser perguntada de qual tempo ela é, ela responde: “a questão não é de que tempo, mas de que mundo”, sugerindo que ela pode ser de uma dimensão alternativa. Sendo está a grande revelação deste segundo ano.

Como já era de se esperar, o final da segunda temporada de Dark não foi exatamente algo fácil de se entender. A ficção científica se apoia fortemente na viagem do tempo como conceito central de sua narrativa e consegue criar mais perguntas do que respostas. Mas acho que é exatamente isto o grande motor para continuarmos a ver a série. Os mistérios e o impacto na vida das pessoas que viagens pelo tempo poderiam causar se realmente fosse possível realizá-las.

 

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