[ Crítica ] O Rei Leão

Seguindo com a tendência de transformar os seus maiores sucessos em versões live-action, a Disney lançou em 2019 o tão esperado remake da animação O Rei Leão dirigido por Jon Favreau.

O filme conta a história da jornada de Simba um pequeno leão, destinado a herdar o trono de seu pai e se tornar rei da selva. Traído e exilado de seu reino, Simba encontra novos amigos que o ajudam a superar seus traumas, crescer e voltar para recuperar o seu trono de direito.

Atenção! O texto a seguir pode conter Spoilers!

Não tem como não comparar a primeira versão do grande sucesso de O Rei Leão com o filme de 2019, já que a Disney apostou todas as suas fichas no sentimento de nostalgia dos fãs da animação de 25 anos atrás, que estavam atrás de todo encanto e magia que encontraram no primeiro filme.

Muito pouco mudou em relação ao filme original, são os mesmos planos, mesmos diálogos, mesmas músicas e o mesmo final. Algumas piadas foram tiradas e outras mais leves a substituíram. Cenas novas foram acrescentas para corrigir algumas lacunas que foram deixadas no primeiro filme, como a cena que explica o motivo de Nala estar sozinha caçando próximo onde Simba estava vivendo com Timão e Pumba.

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A mesma história do primeiro filme

A escolha do elenco de voz foi muito boa, contou com a presença de algumas estrelas como  Donald Glover, fazendo a voz do Simba adulto, Beyoncé, responsável pela leoa Nala, Chiwetel Eliofor, faz Scar o tio de Simba, Billy Eichner, faz o suricato Timão, Seth Rogen, faz o javali Pumba, Jons Oliver, faz o passáro Zazu.

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Donald Glover, Beyoncé e Chiwetel Eliofor

A voz de Glover e Beyoncé deram um brilho a mais nas canções, eles conseguiram fazer o sentimento de nostalgia chegar ao auge ao cantar Can You Feel The Love Tonight, sem falar na divertida Hakuna Matata, da dupla Timão e Pumba nas vozes de Billy Eichner e Seth Rogen. Pena que a emoção das músicas não conseguiu ser passada para a animação como no primeiro filme.

Mas o grande trunfo da Disney foi a animação fotorrealista, que impressiona por sua qualidade e riqueza de detalhes. Os animais parecem ser tão reais que dá até para confundir com um programa do Animal Planet. As paisagens são lindíssimas, com uma riqueza de textura e cores chegam até a hipnotizar os espectadores. A única coisa que diferencia os animais do filme de Favreau dos reais é que eles falam, mas isso é só um detalhe.

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Reparem na paisagem e nos animais como parecem reais

Mas as animações fotorrealistas tão perfeitas não conseguiram trazer para os personagens o que mais encantou no primeiro filme o toque de personalidade, carisma e humor que eram facilmente demostradas nas expressões e olhares dos personagens. Isso aconteceu porque no primeiro filme o semblante dos animais era baseado nos seres humanos e no segundo filme nos dos animais reais. Vejam algumas imagens abaixo e tirem suas conclusões.

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Simba, Scar, Timão e Pumba

O filme O Rei Leão é um ótimo trabalho de animação fotorrealista, quem assistir não vai deixar de ficar impressionado. Mas tamanho realismo fez perder a magia dos personagens, algumas cenas como as brincadeiras durante as músicas e a personalidade dos animais tiveram que ser deixados de lado na nova versão e acabaram deixando o filme em alguns momentos sem graça. O filme não ficou ruim, pelo contrário, mas toda a tecnologia utilizada não conseguiu fazer com que superasse a animação de 1994.

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