[Crítica] Godzilla Vs Kong

Pancadaria, porrada e bomba. e claro MONSTRENGOS, com qualidade.

Em meio a tempos de pandemia e toneladas de coisas para fazer em casa e no trabalho, resolvi assistir a um filme despretensioso e nada melhor para escapar do mundo real vendo mais caos, morte e destruição nos cinemas. Ou, melhor, no streaming. Estreou em alguns cinemas nos EUA e no HBO Max, nos países em que a plataforma já chegou, Godzilla Vs Kong, um dos filmes mais aguardados  (pelo menos na internet). Sobre este ponto é interessante reforçar como ele acabou sendo impulsionado pela pandemia. Com a ausência de grandes filmes chegando aos cinemas no último ano, a maioria dos estúdios começou a cancelar o lançamento de suas produções na expectativa de que a vacina chegasse e a vida pós coronavírus começasse. Infelizmente, a vacinação ainda não chegou para todos e os cinemas continuam fechados em várias partes do mundo, enquanto algumas salas até estão abertas, mas funcionando com baixa capacidade. Nesse cenário, o público ficou ansioso por um blockbuster daqueles que faziam a gente pagar caríssimo num ingresso e em um balde de pipoca temático do filme. Então, na ausência dessa possibilidade, o lançamento de Godzilla Vs Kong no streaming, juntamente a campanha #TeamGodzilla Vs #TeamKong movimentou o Twitter, criando debates e memes divertidíssimos, e elevando nossas expectativas ao máximo.

[Crítica] Godzilla Vs Kong 5

Spoiler a frente moçada!

E a melhor parte disso tudo é que eles conseguem entregar aos fãs um filme do tamanho da expectativa criada por esse contexto louco em que vivemos. Sim, Godzilla Vs Kong é puro entretenimento, uma obra de arte do cinema de pancadaria, porrada e bomba. E uma obra de respeito aos monstros gigantes das telonas. O roteiro é simples como deve ser. Kong estava sendo observado por uma organização especializada em Kaijus, quando o Godzilla, até então um herói para a humanidade, começa a realizar ataques pelo mundo de forma descontrolada. Então, quando um empresário rico convence um geólogo decadente (Alexander Skarsgård) a trabalhar para ele em uma exploração que vai provar ao mundo que a Terra é oca e cheia de túneis que se conectam, o grupo entende que precisam de uma criatura capaz de atravessar essas passagens para seguirem ela e atravessarem junto. Quem é essa criatura? O Godzilla. Como fazer para atraí-lo? Chamando ele para enfrentar um Titã a sua altura. Quem é esse Titã? Isso mesmo, o King Kong. Porrada vai, porrada vem, a história vai se desenvolvendo em um ritmo maravilhoso, repleto de ação e sem perder tanto tempo com o elenco humano. (Inclusive a personagem de Millie Bobby Brown, de Stranger Things, só está presente para ajudar a vender o filme).

[Crítica] Godzilla Vs Kong 6

A única personagem humana com uma conexão realmente legal no filme.

O diretor Adam Wingard pelo visto toma uma decisão correta ao botar os humanos como personagens secundários. Falando no diretor, ele desempenha um trabalho legal ao abordar o Kong tanto como um personagem com camadas, não se restringindo apenas ao lado guerreiro. O gorila gigantesco acaba funcionando como um ponto de conexão humana na trama, fazendo oposição a todo o poder e brutalidade do Godzilla. O uso de câmeras e de cada cena dura o suficiente para o público apreciar cada soco, chute, mordida, rajada e machadada sem ser muito extenso ou muito picotado, fora que os confrontos dos monstrengos são bem criativos, capazes de extrair o melhor de cada um, além do uso fenomenal da CGI para construir e dar características marcantes de expressão para cada um deles.

[Crítica] Godzilla Vs Kong 7

Godzilla Vs Kong é um filme que se propõe a mostrar isso: o combate entre os dois monstros mais famosos do cinema para o público curtir uma pancadaria, sem ter uma história tão rasa, mas nada de complexa ou massante. Em resumo, o melhor blockbuster de 2021 até aqui.

[Crítica] Godzilla Vs Kong 8

Cenas na cidade. a porradaria mais épica do filme.

Godzilla Vs Kong estreia no Brasil em 29 de abril de 2021.

Deixe seu comentário