Índice
- Thunderbolts afunda e a narrativa de Feige muda de tom
- “Um excelente cidadão corporativo”: o escudo perfeito
- Quando nem o chefão aguenta assistir
- Produções desorganizadas e liderança ausente
- “Fadiga Marvel” ou falha narrativa?
- A cartada nostálgica de Feige: Downey Jr. e os irmãos Russo
- Quem será o próximo culpado?
O outrora intocável Kevin Feige, cérebro por trás do fenômeno Marvel Cinematic Universe, parece agora empenhado em uma manobra calculada: recontar a história antes que o legado desmorone por completo. Com uma série de fracassos recentes nas bilheteiras e um fandom cada vez mais desiludido, o presidente da Marvel Studios adota um discurso que beira o revisionismo — e evita a autorresponsabilidade a todo custo.
Thunderbolts afunda e a narrativa de Feige muda de tom
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“Um excelente cidadão corporativo”: o escudo perfeito

Feige justificou o excesso de produções nos últimos anos como um gesto de lealdade à Disney e sua plataforma de streaming. Disse que aceitou o ritmo acelerado de lançamentos para ser um “excelente cidadão corporativo”.
Mas essa explicação soa conveniente demais. Feige não é um executivo de segundo escalão — ele é o nome mais poderoso de Hollywood. Se alguém poderia ter freado o colapso criativo do MCU, era ele.
Quando nem o chefão aguenta assistir

Talvez a confissão mais simbólica venha do próprio Feige, que revelou que acompanhar os conteúdos da Marvel estava se tornando “mais dever de casa do que diversão”. Uma declaração alarmante, vinda justamente da mente que deveria manter a coesão e a empolgação do universo compartilhado.
Essa exaustão não é acidental — é sintoma de um planejamento que priorizou quantidade sobre qualidade.
Produções desorganizadas e liderança ausente

A reportagem relata que Feige se tornou inacessível nos bastidores, obrigando produtores a literalmente persegui-lo pelos corredores para obter aprovação. Mudanças de última hora e decisões atropeladas se tornaram rotina — sinal de um império criativo sem comando claro.
️ Projetos como Secret Invasion e The Marvels sofreram com a ausência do próprio líder, que só se envolvia com mais afinco quando o estrago já estava feito.
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“Fadiga Marvel” ou falha narrativa?

Feige também abraçou o discurso da “fadiga do público” como justificativa para o desinteresse geral. Mas os fãs estão dizendo o contrário: não é cansaço, é frustração. O excesso de séries e conexões tornou o MCU hermético e difícil de acompanhar — um problema de direção criativa, não de público.
Uma fã, citada pela reportagem, resume: “Tudo começou a ficar confuso e espalhado demais.”
A cartada nostálgica de Feige: Downey Jr. e os irmãos Russo

Em uma tentativa desesperada de reacender a chama, Feige anunciou o retorno de Robert Downey Jr. como Doutor Destino e a recontratação dos irmãos Russo para dirigir o novo filme dos Vingadores, agora intitulado Avengers: Doomsday.
O gesto, vendido como uma “nova visão audaciosa”, parece mais uma confissão de falência criativa. Recorrer a nomes antigos é uma tentativa de resgatar a mitologia Marvel — e, sobretudo, a reputação de Feige.
Quem será o próximo culpado?
A lógica da culpa seletiva começa a se evidenciar: se um projeto fracassa, é porque Feige não estava presente. Se dá certo, o mérito é dele. A The Marvels falhou? Ele não estava envolvido o suficiente. Se Doomsday vingar, pode apostar: será vendido como o renascimento sob seu comando.
Mas o tempo está se esgotando. Com sucessos escassos e confiança abalada, nem mesmo o retorno de Downey Jr. pode garantir a redenção.
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Fonte: thatparkplace
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