Ubisoft volta a causar polêmica: Assassin’s Creed Shadows permite destruição de santuário xintoísta real, e cuidadores prometem “ação apropriada”
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Mais um dia, mais uma controvérsia envolvendo Assassin’s Creed Shadows. Desta vez, a Ubisoft se vê no centro de um embate com os responsáveis pelo Itatehyozu-jinja Shrine, um santuário xintoísta histórico localizado no Japão, após permitir que jogadores destruam sua recriação digital dentro do game. O caso gerou indignação entre os cuidadores do local, que agora prometem “tomar as medidas apropriadas” contra a desenvolvedora.
Um local sagrado transformado em cenário destrutível
Situado na prefeitura de Hyogo, próximo ao Castelo de Himeji, o Itatehyozu-jinja Shrine – também conhecido como Harima-no-Kuni Sosha – é um dos locais religiosos mais importantes da região. Fundado em 564, o santuário abriga as divindades Hyouzu-no-Ohkami (deus do casamento e da construção de nações) e Itate-no-Ohkami (deus das árvores e da vitória).
O santuário permaneceu intacto por quase 1.300 anos, mas sofreu grandes danos durante a Segunda Guerra Mundial, quando foi atingido pelos bombardeios americanos entre 22 de junho e 3 de julho de 1945. Em 1953, foi reconstruído, tornando-se um símbolo do renascimento do Japão no pós-guerra e de sua ascensão econômica.
Considerando sua relevância histórica e o fato de que Assassin’s Creed Shadows se passa na mesma época e localização, a inclusão do santuário no jogo não foi uma surpresa. No entanto, o que realmente causou choque foi a descoberta de que o local poderia ser completamente destruído pelo jogador.
Polêmica ganha repercussão e cuidadores prometem medidas
O problema veio à tona através do YouTuber Skatha, que demonstrou em um vídeo que o santuário poderia ser reduzido a escombros dentro do jogo. No gameplay apresentado, o personagem Yasuke é o responsável pela destruição, mas, como o jogo permite alternar entre ele e Naoe, presume-se que ambos possam executar a ação.
️ Trecho viral de Assassin’s Creed Shadows mostrando a destruição do santuário
Quando questionados pelo jornal japonês Sankei Shimbun, os cuidadores do santuário foram categóricos:
“Tomaremos as medidas apropriadas.”
Além disso, ao serem perguntados se a Ubisoft havia solicitado permissão para incluir o local no jogo, a resposta foi direta:
“Não. Se tivessem pedido, teríamos recusado.”
Até o momento, os responsáveis pelo santuário não especificaram quais ações pretendem tomar contra a Ubisoft. No entanto, quando a Jinja Honchō (Associação de Santuários Xintoístas, que administra cerca de 80.000 templos no Japão) foi questionada sobre um possível pedido de remoção do local do jogo, um representante negou que esse fosse o plano no momento.
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Liberdade criativa ou falta de respeito?
A controvérsia levanta uma questão recorrente em jogos históricos: até onde vai a liberdade criativa das desenvolvedoras? Recriar um local sagrado e permitir sua destruição sem qualquer aviso ou permissão pode ser visto como um descuido grosseiro por parte da Ubisoft – especialmente considerando o valor simbólico do santuário para a cultura japonesa.
Com o lançamento de Assassin’s Creed Shadows se aproximando, resta saber como a Ubisoft lidará com a situação e se haverá alguma forma de reparação ou alteração no jogo.
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Fonte: boundingintocomics
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