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Uma nova era para a animação global está surgindo — e a China quer um lugar de destaque.
Nos últimos anos, o crescimento da donghua — animação chinesa — reacendeu debates sobre originalidade, identidade e influência cultural no universo da animação. No centro dessa conversa está ‘Super Cube’, uma série de ação sci-fi visualmente impressionante que vem conquistando olhares ao redor do mundo.
Com sequências de luta fluidas, qualidade técnica impecável e um ritmo frenético de narrativa, a produção vem sendo apontada tanto como promissora quanto como controversa. A dúvida que paira: a China está apenas imitando o Japão ou está pavimentando seu próprio caminho?
O que é ‘Super Cube’?
Baseado em um mangá de ficção científica, ‘Super Cube’ acompanha Wang Xiaoxiu, um jovem que adquire poderes extraordinários após entrar em contato com um artefato alienígena misterioso — um cubo.
A dinâmica lembra os sistemas de RPG: o cubo oferece estatísticas e rankings que guiam o herói em combates cada vez mais intensos, em uma progressão semelhante à vista em ‘Solo Leveling’.
Destaques da série:
- Lutas brutais e coreografadas com fluidez impressionante
- ️ Qualidade de produção que rivaliza com grandes nomes da animação japonesa
- ⏩ Ritmo acelerado, viciante e feito para maratonar
Apesar das comparações, o estilo de ‘Super Cube’ se sustenta por sua energia incessante e visual refinado.
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Controvérsia no Japão: inspiração ou imitação?
Embora tenha recebido elogios internacionais, ‘Super Cube’ despertou críticas afiadas no Japão. Um dos comentários mais contundentes veio do animador Kenichiro Aoki (‘One Punch Man’), que declarou:
“É uma animação incrível, mas não me envolve totalmente. Se tudo se move com a mesma intensidade o tempo todo, fica difícil processar. E por favor, parem de copiar enquadramentos, movimentos e expressões de certos super animadores. É uma pena.”
A crítica principal: o estilo da série espelha técnicas consagradas por Yutaka Nakamura — conhecido por seu trabalho em Cowboy Bebop, Space Dandy e One Punch Man — sem trazer algo novo ao visual.
Outras críticas incluem:
- Repetição de moldes estéticos japoneses
- Falta de inovação em direção artística
- Ausência de profundidade emocional
A resposta chinesa: entre admiração e afirmação
Do outro lado, animadores e fãs chineses defendem a originalidade do projeto, destacando:
- Inspiração como parte natural do processo criativo
- ️ Anos de investimento e evolução na indústria chinesa de animação
- A necessidade de reconhecer o donghua como parte do cenário global, e não apenas como “cópia”
Para muitos, ‘Super Cube’ é prova do amadurecimento criativo da China, com uma identidade que ainda está se formando, mas já dá sinais de grandeza.
O donghua ganha espaço no mercado global
A polêmica em torno de ‘Super Cube’ reflete um movimento maior: o avanço do donghua como concorrente direto do anime japonês. Títulos como Link Click e Tubi Hiro X mostram que a China está explorando diversos estilos e narrativas, indo além da ficção científica e ação.
Mesmo estúdios japoneses, como a Aniplex, têm apostado em coproduções chinesas — uma evidência de que os ventos estão mudando.
Você pode assistir ‘Super Cube’ nos EUA pelas plataformas iQIYI (com legendas em inglês) ou Aniwave, que oferece versões legendadas e dubladas.
Conclusão
‘Super Cube’ talvez ainda não seja um marco definitivo da animação, mas é um sinal claro de que o donghua chegou para ficar. Em meio a elogios e críticas, a série abre espaço para uma nova voz no cenário animado mundial — e desafia o Japão a enxergar a China não como imitadora, mas como concorrente criativa.
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