Sonic Frontiers trouxe de volta o tema mais importante da série. Sonic Frontiers foi, em muitos aspectos, um passo na direção certa para a franquia Sonic the Hedgehog, que historicamente lutou ao longo de suas muitas execuções em um ambiente 3D. O jogo recebeu críticas geralmente positivas, com alguns saudando-o como um retorno à forma do Blue Blur fora da mera nostalgia de rolagem lateral. Um aspecto esquecido do título foi que ele realmente trouxe de volta um elemento clássico da franquia.
O ambientalismo pode não ser o que a maioria dos jogadores pensa quando se trata de Sonic the Hedgehog, mas o roedor veloz protege a natureza desde os anos 90. Isso foi visto com mais destaque em um de seus melhores títulos 2D, embora tenha se tornado um conceito um tanto confuso desde então. Felizmente, com Sonic Frontiers restaurando parte do que fez de Sonic um personagem tão bom durante sua estreia, isso pode significar uma restauração da série como um todo para pastos mais verdes.
Embora Sonic Frontiers tenha um enredo envolvendo um mundo artificial capturado no Cyber Space, isso não significa que Sonic ainda não esteja ciente de seus arredores. Seu inimigo é mais uma vez o Dr. Ivo “Eggman” Robotnik, que usa meios tecnológicos para irritar Sonic e o mundo ao seu redor. Por outro lado, o próprio Sonic se abstém de tais meios desnecessários de manipular o mundo natural. Em termos de desenvolvimento, isso significava cortar um recurso do jogo que teria causado danos incalculáveis ao gramado próximo aos pés de Sonic.
Em Sonic Frontiers, Sonic ganha uma nova técnica chamada “Cyloop”, que lhe permite envolver inimigos em tornados criados por sua velocidade. Isso significa que os inimigos e outros objetos próximos são rapidamente apanhados no minitornado. Originalmente, isso significava que a grama também se tornaria parte dos destroços do Cyloop, mas o diretor do jogo, Morio Kishimoto, decidiu contra isso. Ele sentiu que cortar a grama era um passo longe demais, mudando assim o jogo para que Cyloop não fizesse isso com a vegetação próxima. Quando combinado com a premissa do jogo “mundo real vs. mundo cibernético”, está muito de acordo com a forma como a série costumava ser em sua era clássica.
Ambientalismo, reciclagem e outras formas de salvar o planeta estavam na moda na década de 1990, com o sucesso da franquia Teenage Mutant Ninja Turtles vendo muitas propriedades combinarem essas ideias com personagens tubulares, legais demais para a escola. Esse foi definitivamente o caso de Sonic the Hedgehog, que foi amplamente projetado com o público ocidental em mente. Seu inimigo central foi nomeado “Robotnik”, e os Badniks mecânicos que ele empregou eram realmente alimentados por vida natural. Assim, sempre que Sonic destruísse uma dessas máquinas, ela voltaria a ser um animal inofensivo Flicky ou até mesmo flores.
Não há melhor exemplo desse conceito do que Sonic CD, um sidecroller 2D que, apesar de seu design de nível bastante estranho, é considerado por muitos como talvez o melhor jogo de Sonic de todos os tempos. O jogo apresentava uma mecânica de viagem no tempo em que Sonic poderia voltar quando o cenário de Little Planet não era controlado pelas forças de Robotnik. Ao destruir o Gerador de Robô de uma zona no passado, isso impediria um Futuro Ruim em que a tecnologia de Robotnik assumiria totalmente o controle. Da mesma forma, as variantes do Bom Futuro de cada estágio tinham natureza e tecnologia trabalhando sem esforço em conjunto uma com a outra.
Desde os dias 2D, o ambientalismo aberto da franquia definitivamente diminuiu, provavelmente devido ao fato de ser originalmente uma espécie de truque de marketing dos anos 90. Pode-se argumentar que se afastar desse tema em favor de uma narrativa mais complexa foi a queda da série, principalmente por se concentrar mais em jogos 3D. Felizmente, Sonic Team encontrou uma maneira de restaurar o que talvez seja o elemento narrativo mais importante de Sonic, mesmo que se manifeste principalmente em ele manter os pés fora da grama.
Fonte: CBR
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