Nikoderiko: The Magical World: Primeiras Impressões; Uma Verdeira Obra de Arte
Recentemente, tive a oportunidade de fazer um review do jogo Nikoderiko. Na verdade, fui atrás de uma chave de acesso, mandando mensagens para alguns contatos, já que o trailer me deixou com algumas expectativas.
Felizmente, ainda havia uma chave disponível para testes, e depois de seis meses com o PS5 parado, resolvi finalmente ligá-lo. E logo de cara, fui bombardeado por uma enxurrada de atualizações. Para quem ainda acha que é só ligar o videogame e começar a jogar, sinto dizer, isso já não é tão simples.
Mas tudo bem, depois de 30 minutos de downloads e reinicializações, finalmente consegui resgatar o jogo.
Primeiras Impressões
Logo ao iniciar o jogo, somos levados a uma breve introdução da história. Vale mencionar que o jogo está completamente localizado em português do Brasil.
A sequência inicial em CGI é bem feita, com uma explicação rápida sobre o começo da aventura, a introdução dos inimigos e, claro, o motivo por trás da jornada. Fiquei encantado. Sinto falta desses roteiros simples, no estilo Crash Bandicoot, Rayman, Super Mario e Donkey Kong.
Então, começamos o jogo, e é aí que a mágica acontece. Somos apresentados a alguns textos que ajudam a contextualizar a aventura, seguidos pela tela de mapa das fases.
Assim que entrei na primeira fase, fui instantaneamente capturado pela nostalgia. O jogo é muito colorido, lembrando Rayman e Crash, mas a jogabilidade se assemelha mais a Donkey Kong e Mario. Ainda assim, Nikoderiko traz uma experiência moderna e fresca.

Iniciamos coletando vários itens, ao estilo Donkey Kong Country, e aos poucos vamos nos familiarizando com os controles. Se você está acostumado com Mario e Donkey Kong do Super Nintendo, pode estranhar um pouco no começo.

Uma curiosidade: não há botão para correr, o personagem vai na velocidade máxima desde o início (risos).
A primeira fase é lindíssima, e parece que o objetivo era realmente impressionar logo de cara. As fases alternam entre seções 2D e 3D, o que dá uma dinâmica interessante. E, claro, há colecionáveis e bônus. Qual seria a graça se não houvesse aqueles segredos escondidos para encontrarmos?

Agora, sendo bem sincero, estou meio saturado da maioria dos jogos lançados ultimamente. Como mencionei, fiquei seis meses sem ligar o PS5, e não foi por acaso. Os jogos têm se tornado muito massivos, exigindo horas e horas de gameplay dedicadas. A fórmula está cansativa, e há pouca variação de gênero, especialmente nos lançamentos para PS5 e Xbox Series.
O que me afasta das grandes campanhas. Tenho jogado mais no Nintendo Switch e no Steam Deck, que são portáteis, mas o principal motivo é que prefiro jogos mais simples, como Super Mario, Donkey Kong, e alguns indies, que acabam sendo mais divertidos do que muitos títulos triple A de hoje em dia.
Não me entenda mal, adoro gráficos. Comprei um PS5 por isso. Mas, no final, os jogos de mundo aberto estão ficando muito repetitivos. Missões entediantes, pouca variação. Se tirarmos as missões, a história não passa de 8 horas de conteúdo.
E é aí que Nikoderiko se destaca. As velhas fórmulas de gameplay ainda funcionam maravilhosamente bem. É uma delícia controlar e jogar um jogo de plataforma, pulando em inimigos, procurando segredos e, claro, morrendo centenas de vezes. Que jogo não fica divertido com esses desafios?
Além disso, vale destacar que hoje em dia há poucos jogos nos quais você pode simplesmente sentar e jogar com a família. Para quem tem filhos, Nikoderiko é uma grata surpresa. Poder sentar na sala, sem preocupações com violência excessiva ou conteúdo assustador que causa terror psicológico, e apenas curtir uma aventura divertida e envolvente, é algo raro e muito bem-vindo.
Nikoderiko é uma verdadeira carta de amor aos jogos clássicos. Ele faz o que a Nintendo não fez: reuniu a fórmula de Mario, Donkey Kong, Rayman, Magical Quest com Mickey e Donald, e entregou uma experiência que nos faz relembrar esses tempos de ouro.
Ainda espero um remake de Donkey Kong Country 1, 2 e 3 pela Nintendo. Não sei por que isso ainda não aconteceu. Mas Nikoderiko prova que essa fórmula é maravilhosa, atemporal e perfeita.
Pontos Positivos:
- O jogo possui fases lindíssimas. O design das fases equilibra criatividade e nostalgia, resgatando a magia dos clássicos como Donkey Kong Country e Mario. Ele não apenas traz de volta ideias antigas, mas também introduz novidades, como a transição entre jogabilidade 2D e 3D. As fases são relativamente longas e nos permitem experimentar diversos conceitos em uma única etapa.
- O mapa de seleção de fases segue o estilo clássico de Donkey Kong e Mario, onde avançamos para a próxima fase através de um mapa até chegar ao chefe. Esse mapa reflete a temática das fases, como as fases de água, cavernas, entre outras.
- As montarias são um show à parte. É extremamente divertido montar e sair destruindo tudo, seja pulando, quebrando, atirando ou nadando com as montarias.
- As fases aquáticas merecem destaque separado. A criatividade em misturar elementos de vários jogos e épocas faz com que essas fases de água proporcionam uma experiência única e nostálgica. É uma delícia jogá-las, daquelas que nos fazem querer continuar sem parar (risos).
- Os colecionáveis são outro ponto forte. Assim como em Donkey Kong do Super Nintendo, temos vários itens para coletar, como bônus de fase, moedas e letras. Isso nos incentiva a rejogar as fases, procurando segredos e, inevitavelmente, morrendo várias vezes no processo. Maravilhoso!
- A velha fórmula de jogabilidade funciona muito bem, pular sobre inimigos é satisfatório e deveriam ser resgatados em mais jogos.
Pontos Negativos:
- Os controles me causaram certa confusão em algumas mecânicas. Por exemplo, ao dar rasteira ou realizar o pulo que causa dano, quando pressionamos o botão para descer com força no chão (Rasante) e mantemos o dedo pressionado no quadrado (no PS5), o personagem continua a dar rasteiras. Embora isso possa funcionar como um combo, há momentos em que precisamos de precisão, e acabei morrendo várias vezes por eliminar o inimigo e seguir direto para um abismo.
- A mecânica de segurar e arremessar também me frustrou. Quando pegamos um objeto e tentamos arremessar de volta em um inimigo com o botão de arremesso, o objeto frequentemente passa por cima do inimigo à nossa frente (como assim, errei?). Depois de algumas tentativas frustrantes, desisti de arremessar e passei a pular com o objeto para acertar o inimigo, o que aumenta a chance de sucesso.
- Outro ponto problemático foi o agarrar nas paredes. Há momentos em que podemos colidir com certos objetos durante um salto, agarrando-nos por um breve período antes de continuar. Porém, em uma fase de perseguição no segundo mundo, morri várias vezes porque o personagem se agarrava acidentalmente, resultando em mortes inesperadas.
- Além disso, a questão da interface (HUD) dos colecionáveis poderia ser melhorada. Quando entramos em um bônus, pegamos um item e morremos, fica a dúvida: será que precisamos coletá-lo novamente? Seria interessante se o jogo mostrasse os colecionáveis já obtidos durante a fase, de forma mais clara. Embora o mapa exiba essa informação ao final da fase, durante o gameplay isso não acontece, o que pode ser frustrante. Uma solução seria deixar o item transparente, indicando que já foi coletado, assim como acontece em Donkey Kong e Super Mario. Além disso, seria ótimo se, ao pausar o jogo, fosse possível ver os colecionáveis que já pegamos e os que ainda faltam, da mesma forma como é exibido no mapa de seleção de fases.
- Minha maior crítica vai para a trilha sonora, e não porque seja ruim, mas porque as primeiras fases apresentam músicas genéricas. Sinto falta de linhas de baixo marcantes que atraiam a atenção do jogador ou agudos que se destaquem.
- Outro problema foi o volume da música. Mesmo com o volume no máximo, ainda parecia baixo. Sensação que o Som é Abafado, (não usei nenhum fone de ouvido). Aumentei o som da TV, mas a sensação continuou. No segundo mundo, especialmente nas fases aquáticas, a trilha sonora começa a ganhar mais imersão, mas ainda assim o som permanece discreto. A música deveria nos acompanhar, vibrar junto com a jogabilidade, e não ser apenas um som de fundo, quase como música de elevador.
- Por fim, os sons dos inimigos poderiam ser mais destacados. Quando nos aproximamos de uma abelha, por exemplo, seria interessante ouvir o “buzz” dela de forma mais intensa (Destacando do Ambiente), e, ao derrotá-la, sentir o impacto sonoro. O mesmo vale para outros inimigos, seria ótimo se pudéssemos escutar seus passos ou movimentação ao se aproximarem (Destacando do Ambiente).
Nikoderiko: The Magical World é uma obra de arte, e todos os pontos mencionados podem ser corrigidos facilmente. Nenhum deles tira o mérito da diversão que o jogo oferece.
Eu continuo minha saga aqui tentando encontrar e coletar todos os itens, morrendo milhares de vezes enquanto tento desvendar os segredos do jogo.
Recomendo a compra de Nikoderiko, e aproveite para jogar com a família. É um jogo que indico tanto para crianças quanto para adultos. Já chega de matar zumbis em jogos de FPS e de clones de GTA. Vamos nos divertir e passar raiva com Nikoderiko!
Essa geração precisa conhecer jogos de verdade, feitos com amor e carinho.
Segundo a Desenvovedora
Nikoderiko: The Magical World, é um jogo de plataforma encantador estrelado por adoráveis mangustos em uma aventura mágica, será lançado em 15 de outubro para PlayStation 5 e Xbox S|X Series e mais tarde no PC. Desenvolvido pela VEA Games, ele promete momentos emocionantes e uma jogabilidade que traz de volta o melhor dos clássicos do gênero.
Sobre VEA Games
Fundada em 2017, a VEA Games é um estúdio de desenvolvimento de jogos com sede no Chipre, formado pelos talentosos desenvolvedores por trás de títulos como Skyforge, Armored Warfare, Allods Online e o próximo Nikoderiko. Com uma base sólida no setor de jogos para PC, a VEA Games se concentra em oferecer experiências de jogos de alta qualidade por meio de estratégias inovadoras de desenvolvimento e publicação.
Sobre Knights Peak Interactive
A Knights Peak Interactive é uma divisão da MY.GAMES, uma editora de jogos que faz parcerias com diversos desenvolvedores em todo o mundo. Comprometida com a igualdade, ela apóia estúdios emergentes e estabelecidos para que alcancem novos patamares nos mercados globais e no desenvolvimento de marcas. A Knights Peak vê os jogos como portais para histórias imersivas, oferecendo aos jogadores uma infinidade de aventuras em um ambiente acolhedor. Para obter mais detalhes, acesse https://www.knightspeak.com/.
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