Um Único Ajuste Poderia Corrigir o Maior Problema do Nintendo Switch Online
Índice
O Nintendo Switch foi, para muitos jogadores, uma revolução na forma de jogar. A possibilidade de transitar entre o modo portátil e o modo TV com facilidade fez com que ele conquistasse um público enorme desde o seu lançamento. No meu caso, ele substituiu consoles tradicionais por um bom tempo — a experiência portátil aliada à qualidade dos jogos da Nintendo foi, durante anos, irresistível.
No entanto, com o passar do tempo, a novidade se desgastou. O que antes era entusiasmo virou costume, e, eventualmente, o Switch passou a descansar em uma prateleira, usado apenas em lançamentos pontuais. Minha esperança para reacender esse entusiasmo estava no Nintendo Switch Online (NSO), serviço lançado em 2018 que prometia uma rica biblioteca de clássicos da empresa. Infelizmente, mesmo com um preço acessível, o serviço falhou em entregar uma experiência significativa. E isso poderia ser resolvido com uma única mudança.
O Nintendo Switch Online Não Vale o Preço (Mesmo Sendo Barato)
O NSO oferece algumas funções básicas: jogar online, salvar arquivos na nuvem, acesso a jogos antigos de consoles como NES, SNES, Game Boy e Nintendo 64, além de DLCs gratuitos em seu plano mais caro. Apesar disso, o serviço ainda não entrega valor real para grande parte dos jogadores.
Mesmo reconhecendo a nostalgia envolvida ao revisitar títulos retrô, é difícil se apegar a esses jogos por longos períodos. Muitos deles, apesar de históricos, carecem da profundidade e refinamento dos jogos lançados a partir dos anos 2000. Além disso, a adição de novos títulos é lenta e frustrante, o que contribui para uma sensação constante de estagnação.
Enquanto outras plataformas, como o Xbox Game Pass e o PlayStation Plus, ampliam suas bibliotecas constantemente, o NSO parece caminhar a passos de tartaruga — mesmo com um catálogo vastíssimo à disposição.
O Virtual Console Faz Falta
No Wii, Wii U e 3DS, a Nintendo oferecia o Virtual Console, onde os jogadores podiam comprar títulos clássicos individualmente, mantê-los em suas bibliotecas e jogá-los quando quisessem. A comparação é inevitável: o sistema antigo oferecia liberdade, enquanto o NSO parece forçar uma curadoria limitada e cara.
Apesar do serviço atual permitir acesso a múltiplos jogos, o controle sobre eles é mínimo. Muitos títulos desejados simplesmente não aparecem, ou chegam muito tarde. Pior ainda, os jogos são “alugados” dentro da assinatura — se ela expirar, o acesso é perdido.
A Solução Está em Expandir o Catálogo (De Verdade)
A principal crítica (e sugestão de melhoria) é simples: o NSO precisa de mais jogos e de mais plataformas. A Nintendo possui uma das bibliotecas mais amadas da história dos videogames, com pérolas do GameCube, Wii, Nintendo DS e até Wii U que ainda não estão no serviço.
A inclusão de títulos desses consoles transformaria o NSO em uma oferta realmente irresistível. Em vez de manter jogos como Pokémon, Super Smash Bros. ou Metroid trancados em edições físicas caras e raras, por que não democratizá-los via assinatura?
Nintendo já confirmou que os jogos de GameCube chegarão à Switch 2, mas isso levanta outra crítica: por que restringir ainda mais uma biblioteca já limitada ao novo console?
Nintendo Perde Dinheiro com a Estratégia Atual
Existe um argumento financeiro que poderia justificar essa lentidão: o receio de canibalizar as vendas de versões remasterizadas. Mas a verdade é que a Nintendo poderia lucrar muito mais com o NSO se oferecesse uma biblioteca mais ampla e moderna.
Um modelo de assinatura por camadas, similar ao do PlayStation Plus, permitiria que jogos mais recentes fossem incluídos em pacotes premium, sem afetar a lucratividade de versões refeitas ou remasterizadas.
Jogos como Skyward Sword HD e Xenoblade Chronicles: Definitive Edition provam que remakes de qualidade ainda têm espaço. Mas para títulos que não exigem esse tratamento, usar emulação dentro do NSO é uma solução mais barata, rápida e eficaz.
✅ Por Que Isso Precisa Mudar?
- Aumentaria drasticamente o valor percebido da assinatura.
- Reduziria a dependência da emulação pirata por parte dos fãs.
- ️ Tornaria clássicos acessíveis para novas gerações.
- Geraria receita recorrente com baixo custo de manutenção.
- Democratizaria o acesso ao acervo histórico da Nintendo.
Nintendo, está na hora de repensar o NSO
O Nintendo Switch Online ainda tem potencial para se tornar uma plataforma indispensável. Mas para isso, a empresa precisa mudar sua abordagem sobre como disponibiliza seus jogos clássicos. Expandir o catálogo, incluir mais gerações e melhorar a frequência das atualizações pode transformar a percepção do serviço — e revitalizar o interesse pelo Switch, mesmo no fim de sua vida útil.
Quer acompanhar mais debates, críticas e novidades sobre o mundo Nintendo? Acesse agora: Notícias!