CríticasSéries

La Casa de Papel 3º Temporada – Retorna em grande estilo; fiel e ambiciosa [Crítica]

Edivaldo Lana

12/08/2019

4 Min Read

0 Comments

La Casa de Papel 3º Temporada – Retorna em grande estilo, fiel e ambiciosa [Crítica]. Reviver La casa de papel é tentar superar expectativas deixadas na segunda temporada, com o intuito de melhorar o show, até porque dessa vez o Netflix fez um investimento a altura do que espera-se de um seriado que foi muito assistido e ficou muito popular no ultimo ano.

Recomeçar a história já encerrada sempre trás alguns medos, mas La Casa de Papel as dissipa rapidamente em um primeiro episódio que esbanja força. Em 50 minutos passam pela tela locações no  Panamá, Tailândia, Itália e diferentes pontos da Espanha. E também ja tras de volta todos os personagens principais das 2 primeiras temporadas e justifica a aparição de Berlim nos trailers dessa temporada.

“O Começo que promete e novos personagens”

Não tem o que discutir com um primeiro episódio alucinante igual o da 3º temporada de La casa de papel, qualquer pessoa não fique interessado em saber o que será que vai acontecer.

Dessa vez a história é mais curta e mais direta, o foco do roteiro é o proximo golpe e não explica muito sobre os personagens, o que pode ser um pouco incompreendido visto que alguns novos personagens entram para o grupo e você não consegue ficar sabendo muito sobre eles ou suas reais motivações.

Os Novos personagens:

Os novos personagens chegam para cobrir buracos que podem ter sido feitos por causa dos acontecimentos das primeiras temporadas e também para tentar dar mais dinâmismo ao show. Rodrigo de la Serna (Palermo), uma espécie de novo Berlim em relação à carisma e atitude. Também surge a policial sem piedade e grávida interpretada por Najwa Nimri. Confesso que a atuação dos dois impressionou bastante, agora os outros dois até mesmo por questão de tempo em cena não tiveram grandes momentos.

“O Grupo e o Golpe”

Não é possível afirmar que continuou na mesma linha, mas podemos dizer que teve mudanças, teve mais recursos mas também teve problemas claro. Problemas esses que ficam pelo fato de que se formos analisar a 3º temporada não teve nenhuma inovação pois logo se percebe a falta de sutileza narrativa ao longo da trama. Golpe e uma equipe carismática, seguimos com um jogo de negociações entre a polícia e o professor, a trama fica o tempo todo mostrando vantagens de um lado e do outro, resumindo segue a risca o que as duas primeiras temporadas apresentou.

Dessa vez o roubo é no banco da espanha focando no objetivo de resgatar Rio que foi preso no primeiro episódio após se separar de Tokio. Tudo acontece rápido demais para que possamos nos colocar em seu lugar, por mais que já saibamos que a personagem é aventureira e é apaixonada pela liberdade, mesmo também amando seu companheiro. A boa notícia (ótima, na verdade) é que, graças às atitudes impensadas de Tokio, a trama consegue incluir o cativante Berlim novamente nos holofotes. Desta vez, no passado.

A temporada cede mais espaço para Nairobi e Helsing brilhar cada um com seu protagonismo, também há muita força nos diálogos entre Berlim e Salvador/Professor, dois irmãos que se unem sobretudo na genialidade da composição de planos mirabolantes. A tratativa do relaciionamento entre Professor e Raquel também é muito bem apresentada em toda trama.

Embora a temporada se encerre com muitos ganchos que indicam conflitos ainda mais expressivos para os próximos episódios, a trama revolucionária de La casa de papel ainda precisa de alguns pontos melhor elaborados para avançar sua trama por este caminho que indica querer seguir, pois o fator repetição pode gerar cansaço na proxima temporada.

Lembrando que a 4º temporada de La Casa De Papel ainda não tem data prevista de estréia.