Ian Gibson Criador Juiz Dredd e co-criador de Halo Jones falece aos 77 anos

Resumo:

• 🎨 Ian Gibson foi um aclamado artista de quadrinhos que contribuiu significativamente para a cena, especialmente para a série Juiz Dredd da 2000 DC.
• 📖 Ele desenhou quadrinhos do Juiz Dredd por mais de trinta anos.
• 🤝 Co-criou a icônica personagem Halo Jones com Alan Moore.
• 😢 Infelizmente, Ian Gibson faleceu aos 77 anos após uma longa batalha contra o câncer.
• 🚀 Sua série “Robo-Hunter” tinha um estilo humorístico e marcou a primeira vez que sua arte apareceu na capa da revista 2000 AD.
• 🌟 A colaboração com Alan Moore resultou em “The Ballad of Halo Jones”, uma obra influente e aclamada nos quadrinhos.
• 📚 Originalmente planejaram nove livros, mas apenas três foram concluídos devido a disputas de direitos autorais.
• 🎨 Ian Gibson também trabalhou em quadrinhos americanos, como “Green Lantern Corps” e “Mister Miracle”.
• 🌌 Colaborou com John Wagner em uma minissérie de Boba Fett no universo Star Wars.
• 🤖 Teve retornos à 2000 AD, incluindo um renascimento de Robo-Hunter.
• 📝 Participou de um projeto de financiamento coletivo para criar uma última história em quadrinhos intitulada “Lifeboat”.

Ian Gibson foi um aclamado artista que contribuiu significativamente para a cena de quadrinhos, em particular para a série Juiz Dredd da 2000 DC. Ele desenhou os quadrinhos do Juiz Dredd por mais de trinta anos e co-criou a icônica personagem Halo Jones com Alan Moore, famosa pela série “The Ballad of Halo Jones”. Infelizmente, Gibson faleceu aos 77 anos após uma longa batalha contra o câncer.

Gibson havia enfrentado o câncer por um longo período e comunicou aos seus fãs que seu tempo estava se esgotando. Ele expressou seus sentimentos e gratidão aos fãs, desejando-lhes um Feliz Natal antes de se despedir. Seu filho fez o anúncio oficial de seu falecimento nas redes sociais, compartilhando a triste notícia e lembrando o amor de Gibson pelos fãs e sua dedicação à arte, continuando a desenhar até seus últimos momentos.

Ian Gibson deixou um legado duradouro no mundo dos quadrinhos, com seu trabalho marcante no Juiz Dredd e sua co-criação de Halo Jones sendo apreciados por fãs ao longo de décadas. Sua contribuição para o meio artístico será lembrada e seu legado perdurará nos corações e mentes daqueles que admiravam seu trabalho.

Em 1978, Ian Gibson e o escritor John Wagner colaboraram para criar “Robo-Hunter”, uma série de quadrinhos que girava em torno de um homem que tinha a missão de caçar robôs desonestos. Essa série tinha um estilo notavelmente mais humorístico em comparação com a maioria das outras séries de 2000 AD da época. Além disso, é importante destacar que “Robo-Hunter” marcou a primeira vez que a arte de Ian Gibson apareceu na capa da revista 2000 AD, solidificando ainda mais sua presença na cena de quadrinhos. Essa série trouxe uma abordagem única e cômica ao gênero de ficção científica, o que a tornou memorável para os fãs e contribuiu para a diversidade de histórias presentes na 2000 AD.

Em 1984, Ian Gibson e o renomado escritor Alan Moore co-criaram a personagem Halo Jones como parte da série de quadrinhos “The Ballad of Halo Jones”. Halo Jones era uma protagonista que se destacava por ser uma “mulher comum”, e Moore e Gibson a usaram como um veículo para explorar uma visão altamente elaborada de como poderia ser a vida no futuro. A série ofereceu uma perspectiva fascinante sobre um cenário futurista, explorando não apenas aspectos da tecnologia avançada, mas também as experiências humanas e as complexidades da vida cotidiana de uma mulher comum em um mundo em constante transformação. “The Ballad of Halo Jones” é considerada uma das obras mais aclamadas e influentes dos quadrinhos e destaca-se pelo seu tratamento inovador de temas sociais e culturais por meio da ficção científica.

A colaboração entre Ian Gibson e Alan Moore na criação de Halo Jones resultou em uma obra de arte complexa e imaginativa que cativou os leitores. O plano original era produzir nove livros que detalhariam a vida inteira de Jones, mas, infelizmente, apenas três livros foram concluídos, abrangendo cerca de dez anos de sua vida. Isso ocorreu devido a uma disputa sobre os direitos de propriedade do personagem, o que levou Alan Moore a abandonar a série. Ian Gibson expressou seu desejo de continuar a série, mas respeitava a posição de Moore nessa questão.

Gibson mencionou em 2002 que ele e Alan Moore haviam planejado o futuro da história de Halo Jones até o fim, mas a série foi interrompida devido a desentendimentos sobre a alocação de direitos autorais, especialmente a maneira como os escritores como John Wagner seriam recompensados por seu trabalho. A desavença sobre os direitos autorais foi um obstáculo para a continuidade da série. Embora Gibson tenha tentado entrar em contato com Alan ao longo dos anos, não teve sucesso em retomar a colaboração.

No final da década de 1980, Ian Gibson também começou a trabalhar nos quadrinhos americanos, juntamente com John Wagner e Alan Grant. Ele desenhou algumas edições do título “Green Lantern Corps” durante a temporada de Steve Englehart e, como resultado, atuou como arte-finalista de Joe Staton em uma edição de 1988 na série crossover da DC Comics, “Millennium”, escrita por Englehart. A influência de Gibson pode ser vista no trabalho final da série, demonstrando sua versatilidade como artista de quadrinhos.

Em 1989, Ian Gibson assumiu o papel de artista original em uma nova série de quadrinhos chamada “Mister Miracle” para a DC Comics. “Mister Miracle” é um personagem da DC que tem suas raízes nas criações de Jack Kirby, e ele é conhecido por ser um artista de fugas e um mestre do escapismo. Gibson contribuiu para a revitalização dessa série, trazendo sua habilidade artística para dar vida a esse personagem e suas aventuras. A série “Mister Miracle” ofereceu aos fãs uma nova perspectiva sobre esse herói e suas habilidades únicas de escapismo, com a arte de Gibson contribuindo para a narrativa visual da história.

No final dos anos 1990, John Wagner trouxe Ian Gibson para a Dark Horse Comics para trabalharem juntos em uma excelente minissérie de quadrinhos centrada em Boba Fett, um dos personagens mais icônicos do universo Star Wars. Essa minissérie de Boba Fett proporcionou aos fãs uma oportunidade emocionante de explorar ainda mais as aventuras e o passado desse famoso caçador de recompensas dentro do universo expandido de Star Wars. A colaboração entre John Wagner e Ian Gibson ajudou a trazer à vida essa história de Star Wars de uma forma visualmente impactante, e a série provou ser uma adição valiosa ao cânone de Star Wars nos quadrinhos.

Ian Gibson teve várias retornos à 2000 AD ao longo dos anos, demonstrando seu vínculo duradouro com a revista e seus personagens. Um desses retornos incluiu um renascimento de Robo-Hunter em 2005, com a colaboração do falecido Alan Grant, estrelando a Neta de Sam Slade, Samantha Slade. Essa série continuou a explorar as aventuras de caça-robô em um tom humorístico que era característico do trabalho original de Gibson na série.

Seu último trabalho para a 2000 AD ocorreu em 2008, encerrando assim uma longa e frutífera carreira na revista.

Além disso, no início deste ano, Ian Gibson participou de um projeto de financiamento coletivo para criar uma última história em quadrinhos intitulada “Lifeboat”, demonstrando seu compromisso contínuo com a arte dos quadrinhos até o final de sua carreira. Gibson deixou uma marca indelével no mundo dos quadrinhos e continuará sendo lembrado por suas contribuições valiosas e sua arte excepcional.

Fonte: CBR