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A novela do ano no universo gamer ganhou mais um capítulo digno de drama shakespeareano — ou seria apenas mais um episódio da desconexão entre estúdios e comunidades? Em meio ao fiasco de Dragon Age: The Veilguard, a atriz Alix Wilton Regan, conhecida por dublar a Inquisidora em Inquisition e retornar em Veilguard, resolveu apontar o dedo. E não para os roteiristas, nem para os designers. A vilã da vez? Os próprios fãs. Sim, você não leu errado.
“Os Fãs Só Queriam Ver a BioWare Fracassar”
Em entrevista à IGN, Regan afirmou estar “devastada” com a recepção negativa do jogo e atribuiu a enxurrada de críticas a “pessoas ruins na internet”. Segundo ela, o problema não estaria nas decisões criativas duvidosas ou no rompimento total com o tom clássico da franquia, mas sim em um desejo coletivo de ver a BioWare cair.
“Acho que muita gente queria ver o jogo fracassar, ou queria ver [a BioWare] fracassar, simplesmente por serem pessoas ruins na internet”, declarou a atriz, com convicção.
Se a atuação no jogo for tão convincente quanto essa análise da realidade, Veilguard talvez não merecesse mesmo tantas críticas…
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A Realidade Que Regan Ignora
O curioso é que os argumentos dos fãs vêm sendo repetidos desde os primeiros trailers e entrevistas com os desenvolvedores: mudanças bruscas de tom, personagens genéricos, diálogos insossos e a sensação de que o foco do jogo se deslocou da construção de mundo para a sinalização de virtudes.

Entre as críticas mais citadas:
- Criação de personagens com opção de identidade de gênero em tempo real;
- Presença de cicatrizes cirúrgicas como customização estética;
- Diálogos e escolhas rasos, com pouca influência no enredo;
- Estética cartunesca que destoa completamente do clima sombrio típico da saga.
Resultado? Avaliação “Mista” na Steam, uma queda de 50% nas metas comerciais, saída do diretor Corrine Busche logo após o lançamento, e nenhuma atualização futura prevista. Uma obra-prima da desconexão criativa.
“Como Julgar Algo Que Nem Foi Lançado?”
Regan também criticou os jogadores que expressaram opiniões com base no material promocional, dizendo que “é idiota julgar um jogo antes de ser lançado”. O problema, claro, é que boa parte do marketing de Veilguard parecia mais interessado em vender um manifesto do que um RPG sólido.
Quando seu trailer parece mais um comercial do LinkedIn da diversidade do que um teaser de fantasia épica, talvez o problema não esteja na plateia — mas no roteiro.

Quando o Jogo Se Esquece do Jogador
Fica difícil para os fãs não se sentirem traídos. A BioWare que entregou narrativas profundas como Origins e Inquisition agora parece mais preocupada em agradar manchetes do que jogadores. Não é que as temáticas modernas não possam coexistir com uma boa história — é que, em Veilguard, a história deixou de existir.
E enquanto a atriz lamenta o fracasso e elogia a equipe, o público segue esperando algo que se pareça minimamente com Dragon Age. O jogo pode até se chamar Veilguard, mas parece ter sido guardado no véu do esquecimento antes mesmo de nascer.
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O Futuro da BioWare: Esperança ou Repetição?
Com Mass Effect 5 em desenvolvimento e nenhuma previsão de lançamento, a BioWare está em sua encruzilhada mais delicada. Se Veilguard nos ensinou algo, é que o nome da franquia não sustenta um jogo — e que fãs não são inimigos, mas termômetros.
Ignorar feedback é fácil. Culpabilizar o público, mais fácil ainda. Mas reconquistar credibilidade? Isso sim é missão digna de um RPG clássico.
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Fonte: thatparkplace
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