A Walt Disney Company está em uma corrida para encontrar vozes conservadoras após as eleições, agora que percebe o distanciamento de uma grande parcela do público americano. Contudo, há um grande problema: a empresa não consegue localizar profissionais conservadores entre seus quadros.
Executivos da ABC News estão em “modo de pânico” enquanto buscam vozes conservadoras para equilibrar a retórica crítica a Trump frequentemente expressa pelas apresentadoras do programa “The View” e de outros programas, segundo informações do jornal The New York Post.
A emissora, de propriedade da Disney — que enfrentou críticas pela forma como os moderadores da ABC News questionaram Donald Trump durante o debate presidencial contra a vice-presidente Kamala Harris — tem realizado reuniões de alto nível desde a derrota de Trump nas eleições, conforme fontes próximas à situação informaram ao The Post.
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Diante da liderança atual da Disney, seria razoável concluir que isso representa uma mudança significativa na postura da empresa. Bob Iger, CEO da Disney, é amplamente conhecido por seu apoio a causas progressistas. Sua subordinada, Dana Walden, responsável por toda a divisão de televisão e notícias da Disney, é amiga próxima de Kamala Harris, a ponto de ter apresentado a vice-presidente ao seu marido. Assim, mesmo que a Disney esteja se esforçando para encontrar um representante conservador para seus programas, isso representa um sinal de alerta na cultura da empresa. Embora muitos possam esperar que uma visão majoritária seja representada de forma equitativa nas telas, a ideia de incluir um conservador em seus painéis já gera grande tensão entre todos os envolvidos.
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Esse cenário ilustra o problema de ter conduzido a empresa a uma posição tão partidária ao longo da última década.
Para uma corporação global e gigantesca, a Disney enfrenta agora a realidade de ter se tornado um ambiente hostil para a diversidade de pensamento, a ponto de não encontrar ninguém em suas equipes para representar de forma autêntica a maioria do público americano.

Nesse ponto, é possível que Harvard tenha uma representação maior de conservadores do que a empresa que Bob Iger transformou.
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E não é apenas a divisão de notícias da ABC que foi abertamente assumida como uma plataforma ideológica. A Disney enfrenta sérios problemas também em seu setor cinematográfico. A escolha de Rachel Zegler para interpretar a Branca de Neve se tornou um pesadelo para a empresa. Zegler, que se considera uma estrela, mas ainda não alcançou um sucesso de bilheteria significativo, tem sido vista como um elemento destrutivo para a relação da Disney com o público.
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O papel de Zegler na produção tem gerado reações negativas que colocam em risco a boa vontade dos consumidores, algo essencial para o sucesso das produções da Disney.
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Seja na televisão ou no cinema, a Disney agora sofre com escassez profissional na última década. A empresa pode tentar remediar a situação com algumas ações de fachada, mas a realidade é que enfrenta problemas profundos. Não só eliminou qualquer visão que divergisse da ortodoxia estabelecida por sua liderança, como também afastou o talento acumulado ao longo de gerações de sucesso.
Ao se feichar em uma única visão de mundo, o que levou à perda de talentos que contribuíram para seu sucesso ao longo dos anos. Essa perda de diversidade de pensamento e experiência é difícil de reverter a curto prazo e complexa a longo prazo. Profissionais talentosos que se sentiram deslocados buscaram oportunidades em outras empresas, deixando a Disney com a tarefa de reconstruir sua equipe criativa e recuperar a confiança do público.
E assim, agora temos Joy Behar, Whoopi Goldberg e Rachel Zegler. Um verdadeiro “time dos sonhos” da Disney.
Fonte: thatparkplace
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