Devil May Cry: Adi Shankar critica DMC 5 e diz que pensou estar ressuscitando franquia “morta”
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O produtor Adi Shankar, responsável pela adaptação de Devil May Cry na Netflix, revelou publicamente sua frustração com o lançamento de Devil May Cry 5, afirmando que acreditava estar liderando sozinho o renascimento de uma franquia que julgava abandonada. A declaração veio durante seu podcast Ask Adi Anything, no episódio de 13 de maio, em uma conversa com o campeão da AEW, Kenny Omega.
“Achei que Devil May Cry estava morto”
Durante o bate-papo, Shankar compartilhou detalhes sobre o início de sua parceria com a Capcom. De forma surpreendente, revelou que seu interesse inicial nem era DMC, mas sim Dino Crisis:
“Fui até a Capcom querendo fazer Dino Crisis. Mas eles olharam para o meu visual e disseram: ‘Acho que você combina mais com Devil May Cry’.”
Segundo o produtor, quando aceitou trabalhar na adaptação animada da saga de Dante, não sabia da existência de Devil May Cry 5 — e a notícia do novo jogo o deixou profundamente decepcionado:
“Assinei o contrato e pensei: ‘Legal, estou trazendo essa coisa de volta à vida’. E então me disseram: ‘Temos boas notícias, Devil May Cry 5 está chegando!’… e eu fiquei genuinamente chateado.”

“Eu pensei que essa franquia era minha”
Shankar, conhecido por adaptar também Castlevania e Captain Laserhawk para a Netflix, acreditava que teria o mérito de reviver uma IP esquecida:
“Achei que Devil May Cry estivesse morto. Achei que estava trazendo essa coisa de volta. Se soubesse que DMC 5 estava a caminho, teria feito Street Fighter.”
A fala revela não apenas uma frustração com a Capcom, mas também uma visão criativa que flertava com a apropriação simbólica da franquia — algo controverso, considerando o carinho e o envolvimento contínuo dos fãs com a série.
Uma abordagem equivocada?
Apesar da reclamação, é curioso notar que Shankar ainda incorporou elementos de Devil May Cry 5 em sua série animada — incluindo os temas Devil Trigger e Bury the Light, originalmente associados a Nero e Vergil, mas usados na série de forma desconexa, como tema de Dante, por exemplo.
Essa decisão artística pode ser vista como uma tentativa de apropriar-se da estética recente do jogo, mesmo após sua crítica ao título. E embora a série tenha conquistado certa atenção, a recepção foi morna, sendo descrita como “mediana na melhor das hipóteses e ofensiva frente ao material original”.
Ego criativo versus legado consolidado
A fala de Adi Shankar, ao mesmo tempo que evidencia paixão por Devil May Cry, levanta um dilema comum em adaptações: até que ponto a visão autoral pode se sobrepor à trajetória e ao público de uma franquia consagrada?
Sua frustração soa mais como uma decepção egoica do que um problema real de mercado — afinal, Devil May Cry 5 foi um sucesso comercial e crítico, revitalizando a franquia com maestria, enquanto a série animada da Netflix segue tentando encontrar seu tom.
Segunda temporada confirmada, mas futuro incerto
Mesmo com críticas, a segunda temporada da série animada já está em produção. Resta saber se a narrativa tomará um rumo mais alinhado com o espírito da franquia ou continuará a reimaginação controversa de Shankar.
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Fonte: boundingintocomics
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