Ubisoft é alvo de denúncia por crimes digitais na Europa
Ubisoft É Acusada de Coleta Ilegal de Dados e Pode Ser Multada em €92 Milhões na Europa
A Ubisoft, desenvolvedora de jogos conhecida por franquias como Assassin’s Creed e Far Cry, está envolvida em uma polêmica após uma ONG austríaca, a NOYB, apresentar uma queixa formal contra a empresa. A queixa alega que a Ubisoft coleta dados de usuários sem base legal válida, violando artigos da União Europeia relacionados à proteção de dados.
Segundo a NOYB, a Ubisoft obriga os usuários a se conectarem à internet sempre que iniciam um jogo, mesmo que o jogo não tenha recursos online. Isso permite que a empresa colete informações sobre os hábitos de jogo e comportamento dos usuários, incluindo quando iniciam e fecham os jogos. A empresa alega que coleta esses dados para melhorar a experiência do usuário, mas a NOYB afirma que essa justificativa não é válida.
A queixa apresentada pela NOYB aponta que a Ubisoft coleta dados pessoais, incluindo informações de login e navegação, e os envia para servidores externos, incluindo empresas como Google, Amazon e Data Dog. Isso sugere que a Ubisoft está lucrando com a venda desses dados, o que é ilegal de acordo com as leis de proteção de dados da União Europeia.
A NOYB solicitou que a Autoridade Austríaca de Proteção de Dados declare que a Ubisoft violou o artigo 6 e 1 do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) e elimine todas as informações pessoais coletadas sem base legal válida. Além disso, a ONG solicita que a Ubisoft cesse essa prática ilegal e seja multada em pelo menos 92 milhões de euros.
Se a queixa for acatada, a Ubisoft pode enfrentar consequências graves, incluindo a perda de licenças de coleta de usuários e multas pesadas. A polêmica pode ter um impacto significativo na indústria de jogos, já que pode estabelecer um precedente para que as empresas sejam mais transparentes sobre a coleta e uso de dados de usuários.
A Ubisoft se defendeu, alegando que coleta dados para melhorar a experiência do usuário, mas a NOYB afirma que essa justificativa não é válida. A ONG argumenta que a empresa pode pedir consentimento dos usuários para coletar dados, mas não o faz.
A polêmica levanta questões importantes sobre a privacidade online e a proteção de dados, e pode ter um impacto significativo na forma como as empresas lidam com essas questões no futuro.
Fonte: Central via Yutube